Portefólio 1ºPeriodo

Reprodução Humana

SISTEMAS REPRODUTORES
Os órgãos dos sistemas reprodutores masculino e feminino, pela sua constituição e funcionamento, asseguram a produção de gâmetas e permitem a ocorrência da fecundação e desenvolvimento de novas gerações.

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
                                                                                                  

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO



GÓNADAS E GAMETOGÉNESE

 ESTRUTURA DOS TESTÍCULOS

Os testículos são as gónadas sexuais masculinas, que se localizam por detrás do pénis e se encontram envolvidos numa bolsa, à qual se dá o nome de escroto.
A função dos testículos é a da produção das células responsáveis pela fecundação, os espermatozóides, são também os principais responsáveis pela produção de hormonas masculinas, de onde se destaca a testosterona. Estas controlam o desenvolvimento de algumas características do homem de onde se destacam, o crescimento dos pêlos, bem como a voz, barba, largura dos ossos ou o desenvolvimento muscular.

Cada testículo divide-se em muitos lóbulos testiculares, existindo em cada lóbulo 1 a 4 túbulos seminíferos, que convergem para o epidídimo. Na parede desses túbulos existem as células de Sertoli, que intervêm na sustentação e nutrição dos espermatozoides. No tecido que se localiza entre os túbulos seminíferos existem células designadas por células de Leydig que produzem testosterona.

ESPERMATOGÉNESE

A gametogénese é um conjunto de fenómenos que se verificam em células da linha germinativa e que leva à produção de gâmetas. Ao fenómeno de gametogénese no homem dá-se o nome de espermatogénese, que constitui na produção de espermatozoides.

                                 Imagem- Espermatogénese 
                                 Fonte:http://fatocurioso.com.br/wp-content/uploads/2016/07/slide_1.jpg
                                        (visualizado a 21/11/2016)


OOGÉNESE

Nos indivíduos do sexo feminino, a oogénese inicia-se muito antes do nascimento e processa-se em diversas fases até á formação dos gâmetas, já na puberdade. A oogénese começa nos ovários, no interior dos folículos ováricos, e conclui-se nas trompas de Falópio, no momento da fecundação. Tem início durante o desenvolvimento embrionário e pode ocorrer até a menopausa.


                                               Imagem-OOGÉNESE
                                               Fonte:http://brasilescola.uol.com.br
                                               (visualizado a 21/11/2016)

OVULAÇÃO

A ovulação é a liberação de um óvulo maduro feita por um dos ovários por volta do 14º dia do ciclo menstrual, contado a partir do primeiro dia de menstruação. No ovário (o local de onde sai o óvulo) surge o corpo lúteo ou amarelo – uma estrutura amarelada que passa a produzir o estrogênio e progesterona. Essas hormonas atuam , preparando o útero para uma possível gravidez, além disso, o estrogênio estimula o aparecimento das caracteres sexuais femininos secundárias.

                                 Imagem-Ovulação
                                 Fonte:http://www.dicasfree.com
                                  

REGULAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS REPRODUTORES

 No caso dos sistemas reprodutores, a regulação ocorre devido à interação do complexo hipotálamo-hipófise e das gónadas através de hormonas. As hormonas ligadas à produção são FSH (foliculoestimulina) e LH (luteoestimulina).

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO


                                Imagem-Regulação Hormonal Masculina
                                       Fonte:http://2.bp.blogspot.com/
                                (visualizado a 21/11/2016)

Na manutenção do teor de testosterona dentro de certos limites ocorrem mecanismos de regulação por retroação negativa, isto é, quando se verifica um desvio em relação ao teor normal de testosterona, é gerada uma resposta que cancela esse envio.

A atividade do complexo hipotálamo-hipófise é alterada, também, sob a ação de estímulos nervosos internos e externos.

                                 Imagem-Retroação negativa
                                 Fonte:www.resumos.net/files/reproducaohumana.docx
                                 (visualizado a 21/11/2016)

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO


                                           Imagem-Regulação Hormonal Feminina
                                           Fonte:http://4.bp.blogspot.com
                                           (visualizado a 21/11/2016)

As hormonas ováricas actuam sobre a sistema de comando,ocorrendo uma auto-regulação por retroação negativa. Esta retroação tende a compensar eventuais variações das concentrações dessas hormonas,assegurando a sua estabilidade. 
                                                  Imagem-Retroação negativa e positiva
                                                  Fonte:http://wikiciencias.casadasciencias.org
                                                  (visualizado a 21/11/2016)

Fecundação, desenvolvimento embrionário e gestação

A formação do novo ser começa com a penetração de um espermatozóide num oócito II aquando da fecundação (formação do ovo). Após a formação do ovo inicia-se um processo de desenvolvimento contínuo e dinâmico com a duração de 40 semanas que culmina no nascimento.

Fecundação

A fecundação é o encontro e união das células sexuais masculina e feminina, haplóides, com fusão dos seus núcleos e formação de um zigoto diplóide. A fecundação engloba várias etapas.



                                           Fonte:https://www.youtube.com/watch?v=RSltQKT9xwQ


Desenvolvimento embrionário e desenvolvimento fetal

Após a formação do ovo inicia-se um processo de desenvolvimento contínuo e dinâmico, com a duração de 40 semanas, que termina com o nascimento. O desenvolvimento embrionário dura cerca de 8 semanas, ao fim das quais todos os órgãos estão já totalmente esboçados. O desenvolvimento fetal decorre desde a 8ª semana até a nascimento, correspondendo a um aumento da complexidade e da maturação dos órgãos e ao crescimento do indivíduo.


                                     Imagem-Etapas inicias do desenvolvimento embrionario
                                     Fonte:https://www.todamateria.com.br/desenvolvimento-embrionario-humano/
                                    (visualizado a 22/11/2016)

O desenvolvimento do embrião é acompanhado pela formação de estruturas transitórias, os anexos embrionários. Essas estruturas são originadas pela extensão das três camadas germinativas e do trofoblasto, sendo de grande importância no desenvolvimento do embrião, mas não fazendo parte dele.



                               Imagem-Anexos embrionários
                               Fonte:http://alunosonline.uol.com.br
                                      (visualizado a 22/11/2016)

 Mecanismos que controlam o desenvolvimento embrionário

No organismo materno, ao longo da gestação, ocorrem várias adaptações. A adaptação morfológica é a que se destaca mais, por causa do aumento do tamanho do útero. O organismo materno tem que se adaptar a um "trabalho suplementar", como o coração e a circulação, de acordo com o evoluir da circulação da placenta. Os rins, tal como o coração, terão um outro trabalho, pois além de eliminarem as sercreções da mãe, vão passar a eliminar as do bebé. Acontecem diversos mecanismos hormonais que são necessários ao desenvolvimento e ao nascimento do ser humano. A paragem dos ciclos ováricos, o trabalho de parto e a lactação são acontecimentos do controlo hormonal.No decorrer da gestação é fundamental a presença da hormona HCG (gonadotrofina coriónica humana) que é produzida pelo jovem embrião. Esta hormona impede a degeneração do corpo amarelo para que este possa continuar a produzir estrogénios e progesterona permitindo que a nidação do embrião se mantenha.Os elevados teores da hormona HCG vão exercer uma retroacção negativa sobre o complexo hipotálamo-hipófise, e assim, não ocorre o novo ciclo ovárico.


                                 Imagem- Atuação da HCG
                                 Fonte:http://www.bio4life.pontogdegiro.com
                                     

Nascimento/parto

Ao fim de 40 semanas o feto está pronto para o nascimento e inicia-se o trabalho de parto, que resulta de uma série de contrações fortes e rítmicas da parede muscular do útero.
No final da gestação, os estrogénios no sangue da mãe atinge o nível mais elevado. A dominância de estrogénios em relação à progesterona estimula a contração dos músculos uterinos . A indução hormonal do parto envolve um mecanismo de retroação positivo, uma vez que a oxitocina desencadeia as contrações uterinas que por sua vez estimulam a libertação de mais oxitocina. O resultado é a intensa contração dos músculos uterinos que projeta o bebé para fora do útero.

                                       Imagem-Regulação do parto pela oxitocina
                                       Fonte:http://www.bio4life.pontogdegiro.com
                                       (visualizado a 22/11/2016)

Manipulação da fertilidade/ Contraceção

Atualmente, os casais podem decidir não ter filhos recorrendo, para isso, a diversas biotecnologias que impedem a conceção, mas outros, pelo contrário, não podem procriar devido a problemas de fertilidade, tendo de recorrer à aplicação de biotecnologia adequadas.
A contraceção é o conjunto de métodos utilizados para evitar a procriação. Atualmente, existem vários métodos contracetivos que permitem aos casais planear o nascimento dos filhos. Uma informação cuidada sobre esses métodos, com o conhecimento das vantagens e riscos de cada um deles, é essencial para a escolha do casal face à sua situação.

Métodos contracetivos NATURAIS

                                Imagem-Métodos contraceptivos naturais 
                                Fonte:http://image.slidesharecdn.com
                                (visualizado a 22/11/2016)

Métodos contracetivos NÃO NATURAIS

                                 Imagem-Métodos contraceptivos não naturais
                                 Fonte:http://image.slidesharecdn.com
                                 (visualizado a 22/11/2016)

Património Genético

A genética é uma ciência jovem, iniciada nos primórdios do século XX, altura em que foram redescobertas as leis da hereditariedade, estabelecidas por Gregor Mendel em 1865.
A genética, área do conhecimento que tem como objecto de estudo os genes, procura respostas para a forma como se processa a herança genética, tendo-se tornado um assunto central na Biologia.

O contributo de Mendel


As leis de Mendel foram estabelecidas a partir da análise estatística de resultados experimentais obtidos em cruzamentos realizados com a ervilheira (Pisum sativum).

Mendel começou a sua investigação com a análise da transmissão de um carácter isoladamente (monibridismo).


Monibridismo


O monibridismo é o cruzamento entre indivíduos em que se considera a transmissão de um só carácter. Para cada uma das características seleccionadas e durante dois anos, Mendel tentou isolar linhas puras, ou seja, indivíduos que, cruzados entre si, originam sempre descendência toda igual entre si e igual aos progenitores, para o carácter considerado.

Seleccionadas as linhas puras, Mendel efectuou cruzamentos parentais, isto é, cruzamentos entre indivíduos pertencentes a essas linhas puras, que expressam de forma antagónica o carácter considerado. Para conseguir este cruzamento, Gregor Mendel recorreu ao modo de polinização cruzada artificial.

De Mendel a actualidade

Genoma – conjunto de genes que constitui a informação genética de um indivíduo;
. Genótipo – constituição genética de um indivíduo em relação à (s) característica (s) considerada (s);
. Fenótipo – características observáveis (morfológicas ou funcionais) do individuo, resultante da expressão do genótipo (em interacção com o ambiente);
. Indivíduo homozigótico – os alelos do par são idênticos e os seus gâmetas geneticamente semelhantes;
. Indivíduo heterozigótico – os alelos são diferentes e os seus gâmetas portadores de um alelo ou de outro.


Xadrez Mendeliano

Os cruzamentos costumam ser representados através de um quadro ou matriz de cruzamento com duas entradas. Numa entrada do quadro inscreve-se a constituição genética dos tipos de gâmetas possíveis para um dos progenitores; numa outra entrada, o mesmo tipo de informação para o outro progenitor.

                                        
                                          Imagem-Xadrez mendeliano
                                          Fonte:http://www.notapositiva.com/pt
                                          (visualizado a 22/11/2016)
Cruzamento-teste 

Uma das maneiras de averiguar o genótipo de indivíduos que fenotipicamente revelam a característica do alelo dominante é cruzar esses mesmos indivíduos com indivíduos homozigóticos recessivos e analisar a respectiva descendência. A estes cruzamentos dá-se o nome de cruzamentos – teste ou retrocruzamentos. Estes funcionam para descendências numericamente significativas.
-teste 

Diibridismo

Mendel também analisou a transmissão simultânea de duas características – experiências de diibridismo. Ao efectuar cruzamentos de plantas homozigóticas para os dois caracteres em estudo (ex.: forma e cor da semente) verificou que:
. Existe uma uniformidade dos híbridos da primeira geração (F1) em relação aos caracteres em estudo, manifestando-se os caracteres dominantes. Os recessivos não se manifestam. Todas as sementes são amarelas e lisas;
. A geração F2 revelou-se heterogénea surgindo, além dos parentais (amarelo/liso - AALL e verde/rugoso - aall), outros dois novos fenótipos (verde/liso e amarelo/rugoso).

                                Imagem-Diibridismo
                                Fonte:http://www.notapositiva.com/pt/
                                (visualizado a 22/11/2016)

Leis de Mendel

                                       Imagem-Leis de Mendel
                                       Fonte:http://image.slidesharecdn.com
                                       (visualizado a 22/11/2016)


Hereditariedade ligada aos cromossomas sexuais

Thomas H. Morgan foi um embriologista da Universidade da Colúmbia nos EUA. Desenvolveu, a partir de 1910, estudos genéticos com a mosca – da – fruta (Drosophila melanogaster). Em 1933 recebeu o Prémio Nobel.
A forma de Drosophila predominante na Natureza tem o corpo cinzento, olhos vermelhos e asas longas e denomina-se forma selvagem. Outras formas alternativas (mutantes) podem revelar o corpo negro, olhos brancos ou asas vestigiais, entre outras características.

A forma de Drosophila predominante na Natureza tem o corpo cinzento, olhos vermelhos e asas longas e denomina-se forma selvagem. Outras formas alternativas (mutantes) podem revelar o corpo negro, olhos brancos ou asas vestigiais, entre outras características.
Morgan encontrou um macho mutante de olhos brancos e cruzou-o com uma fêmea de olhos vermelhos. Obteve uma geração F1 com 100% de indivíduos (machos e fêmeas) de olhos vermelhos. Concluiu que o alelo para olhos vermelhos era dominante sobre o alelo mutante para olhos brancos.
No cruzamento recíproco, entre uma fêmea de olhos brancos e um macho de olhos vermelhos, Morgan obteve resultados diferentes. Obteve uma geração F1 com 50% de indivíduos de olhos vermelhos (todos fêmeas) e 50% de olhos brancos (todos machos). Morgan conclui que o gene responsável pela cor dos olhos estaria localizado num cromossoma para o qual não existisse um verdadeiro homólogo. Tal verifica-se no par de cromossomas sexuais.

                                          Imagem-Moscas da fruta
                                           Fonte:http://www.notapositiva.com/pt
                                                    (visualizado a 22/11/2016)

As fêmeas possuem dois cromossomas X (verdadeiros homólogos), os machos possuem um cromossoma X e um cromossoma Y, sem genes correspondentes (não são verdadeiros homólogos). As fêmeas designam-se homogaméticas e os machos heterogaméticos.
Morgan concluiu que o gene responsável pela cor dos olhos estaria no cromossoma X. os machos manifestam o único alelo, localizado no cromossoma X (denominando-se hemizigóticos).
As características hereditárias que dependem de genes localizados no cromossoma X dizem-se características ligadas ao sexo.







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