Reprodução Humana
SISTEMAS REPRODUTORES
Os órgãos dos sistemas reprodutores masculino e feminino,
pela sua constituição e funcionamento, asseguram a produção de gâmetas e
permitem a ocorrência da fecundação e desenvolvimento de novas gerações.
GÓNADAS E GAMETOGÉNESE
Os testículos são as gónadas sexuais masculinas, que se
localizam por detrás do pénis e se encontram envolvidos numa bolsa, à qual se
dá o nome de escroto.
A função dos testículos é a da produção das células
responsáveis pela fecundação, os espermatozóides, são também os principais
responsáveis pela produção de hormonas masculinas, de onde se destaca a
testosterona. Estas controlam o desenvolvimento de algumas características do
homem de onde se destacam, o crescimento dos pêlos, bem como a voz, barba,
largura dos ossos ou o desenvolvimento muscular.
Cada testículo divide-se em muitos lóbulos testiculares,
existindo em cada lóbulo 1 a 4 túbulos seminíferos, que convergem para o
epidídimo. Na parede desses túbulos existem as células de Sertoli, que intervêm
na sustentação e nutrição dos espermatozoides. No tecido que se localiza entre
os túbulos seminíferos existem células designadas por células de Leydig que
produzem testosterona.
ESPERMATOGÉNESE
A
gametogénese é um conjunto de fenómenos que se verificam em células da linha
germinativa e que leva à produção de gâmetas. Ao fenómeno de gametogénese no
homem dá-se o nome de espermatogénese, que constitui na produção de
espermatozoides.
Imagem- Espermatogénese
(visualizado a 21/11/2016)
OOGÉNESE
Nos indivíduos do sexo feminino, a oogénese inicia-se muito
antes do nascimento e processa-se em diversas fases até á formação dos gâmetas,
já na puberdade. A oogénese começa nos ovários, no interior dos folículos
ováricos, e conclui-se nas trompas de Falópio, no momento da fecundação. Tem
início durante o desenvolvimento embrionário e pode ocorrer até a menopausa.
Imagem-OOGÉNESE
(visualizado a 21/11/2016)
OVULAÇÃO
A ovulação é a liberação de um óvulo maduro feita por um dos
ovários por volta do 14º dia do ciclo menstrual, contado a partir do primeiro
dia de menstruação. No ovário (o local de onde sai o óvulo) surge o corpo lúteo
ou amarelo – uma estrutura amarelada que passa a produzir o estrogênio e
progesterona. Essas hormonas atuam , preparando o útero para uma possível
gravidez, além disso, o estrogênio estimula o aparecimento das caracteres
sexuais femininos secundárias.
Imagem-Ovulação
Fonte:http://www.dicasfree.com
REGULAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DOS SISTEMAS REPRODUTORES
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Imagem-Regulação Hormonal Masculina
(visualizado a 21/11/2016)
Na manutenção do teor de testosterona dentro de certos limites ocorrem mecanismos de regulação por retroação negativa, isto é, quando se verifica um desvio em relação ao teor normal de testosterona, é gerada uma resposta que cancela esse envio.
Na manutenção do teor de testosterona dentro de certos limites ocorrem mecanismos de regulação por retroação negativa, isto é, quando se verifica um desvio em relação ao teor normal de testosterona, é gerada uma resposta que cancela esse envio.
A atividade do complexo hipotálamo-hipófise é alterada,
também, sob a ação de estímulos nervosos internos e externos.
Imagem-Retroação negativa
(visualizado a 21/11/2016)
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Imagem-Regulação Hormonal Feminina
Fonte:http://4.bp.blogspot.com
(visualizado a 21/11/2016)
As hormonas ováricas actuam sobre a sistema de comando,ocorrendo uma auto-regulação por retroação negativa. Esta retroação tende a compensar eventuais variações das concentrações dessas hormonas,assegurando a sua estabilidade.
Imagem-Retroação negativa e positiva
(visualizado a 21/11/2016)
Fecundação,
desenvolvimento embrionário e gestação
A formação do novo ser começa com a penetração de um
espermatozóide num oócito II aquando da fecundação (formação do ovo). Após a
formação do ovo inicia-se um processo de desenvolvimento contínuo e dinâmico
com a duração de 40 semanas que culmina no nascimento.
Fecundação
A
fecundação é o encontro e união das células sexuais masculina e feminina,
haplóides, com fusão dos seus núcleos e formação de um zigoto diplóide. A
fecundação engloba várias etapas.
Desenvolvimento
embrionário e desenvolvimento fetal
Após a formação do ovo inicia-se um processo de
desenvolvimento contínuo e dinâmico, com a duração de 40 semanas, que termina
com o nascimento. O desenvolvimento embrionário dura cerca de 8 semanas, ao fim
das quais todos os órgãos estão já totalmente esboçados. O desenvolvimento
fetal decorre desde a 8ª semana até a nascimento, correspondendo a um aumento
da complexidade e da maturação dos órgãos e ao crescimento do indivíduo.
Imagem-Etapas inicias do desenvolvimento embrionario
(visualizado a 22/11/2016)
O desenvolvimento do embrião é acompanhado pela formação de
estruturas transitórias, os anexos embrionários. Essas estruturas são
originadas pela extensão das três camadas germinativas e do trofoblasto, sendo
de grande importância no desenvolvimento do embrião, mas não fazendo parte
dele.
Imagem-Anexos
embrionários
(visualizado a 22/11/2016)
Mecanismos que controlam o
desenvolvimento embrionário
No organismo materno, ao longo da gestação, ocorrem várias
adaptações. A adaptação morfológica é a que se destaca mais, por causa do
aumento do tamanho do útero. O organismo materno tem que se adaptar a um
"trabalho suplementar", como o coração e a circulação, de acordo com
o evoluir da circulação da placenta. Os rins, tal como o coração, terão um
outro trabalho, pois além de eliminarem as sercreções da mãe, vão passar a
eliminar as do bebé. Acontecem diversos mecanismos hormonais que são
necessários ao desenvolvimento e ao nascimento do ser humano. A paragem dos
ciclos ováricos, o trabalho de parto e a lactação são acontecimentos do
controlo hormonal.No decorrer da gestação é fundamental a presença da hormona
HCG (gonadotrofina coriónica humana) que é produzida pelo jovem embrião. Esta
hormona impede a degeneração do corpo amarelo para que este possa continuar a
produzir estrogénios e progesterona permitindo que a nidação do embrião se mantenha.Os
elevados teores da hormona HCG vão exercer uma retroacção negativa sobre o
complexo hipotálamo-hipófise, e assim, não ocorre o novo ciclo ovárico.
Imagem- Atuação da HCG
Nascimento/parto
Ao fim de 40 semanas o feto está pronto para o nascimento e
inicia-se o trabalho de parto, que resulta de uma série de contrações fortes e
rítmicas da parede muscular do útero.
No final da gestação, os estrogénios no sangue da mãe atinge
o nível mais elevado. A dominância de estrogénios em relação à progesterona
estimula a contração dos músculos uterinos . A indução hormonal do parto
envolve um mecanismo de retroação positivo, uma vez que a oxitocina desencadeia
as contrações uterinas que por sua vez estimulam a libertação de mais
oxitocina. O resultado é a intensa contração dos músculos uterinos que projeta
o bebé para fora do útero.
Imagem-Regulação do parto pela oxitocina
(visualizado a 22/11/2016)
Manipulação da
fertilidade/ Contraceção
Atualmente, os casais podem decidir não ter filhos
recorrendo, para isso, a diversas biotecnologias que impedem a conceção, mas
outros, pelo contrário, não podem procriar devido a problemas de fertilidade,
tendo de recorrer à aplicação de biotecnologia adequadas.
A contraceção é o conjunto de métodos utilizados para evitar
a procriação. Atualmente, existem vários métodos contracetivos que permitem aos
casais planear o nascimento dos filhos. Uma informação cuidada sobre esses
métodos, com o conhecimento das vantagens e riscos de cada um deles, é
essencial para a escolha do casal face à sua situação.
Métodos contracetivos NATURAIS
Imagem-Métodos contraceptivos naturais
(visualizado a 22/11/2016)
Métodos contracetivos NÃO NATURAIS
Imagem-Métodos contraceptivos não naturais
(visualizado a 22/11/2016)
Património Genético
A genética é uma ciência jovem, iniciada nos primórdios do
século XX, altura em que foram redescobertas as leis da hereditariedade,
estabelecidas por Gregor Mendel em 1865.
A genética, área do conhecimento que tem como objecto de
estudo os genes, procura respostas para a forma como se processa a herança
genética, tendo-se tornado um assunto central na Biologia.
O contributo de Mendel
As leis de Mendel foram estabelecidas a partir da análise
estatística de resultados experimentais obtidos em cruzamentos realizados com a
ervilheira (Pisum sativum).
Mendel começou a sua investigação com a análise da
transmissão de um carácter isoladamente (monibridismo).
Monibridismo
O monibridismo é o cruzamento entre indivíduos em que se
considera a transmissão de um só carácter. Para cada uma das características
seleccionadas e durante dois anos, Mendel tentou isolar linhas puras, ou seja,
indivíduos que, cruzados entre si, originam sempre descendência toda igual
entre si e igual aos progenitores, para o carácter considerado.
Seleccionadas as linhas puras, Mendel efectuou cruzamentos
parentais, isto é, cruzamentos entre indivíduos pertencentes a essas linhas
puras, que expressam de forma antagónica o carácter considerado. Para conseguir
este cruzamento, Gregor Mendel recorreu ao modo de polinização cruzada
artificial.
De Mendel a actualidade
Genoma – conjunto de genes que constitui a informação
genética de um indivíduo;
. Genótipo – constituição genética de um indivíduo em
relação à (s) característica (s) considerada (s);
. Fenótipo – características observáveis (morfológicas ou
funcionais) do individuo, resultante da expressão do genótipo (em interacção
com o ambiente);
. Indivíduo homozigótico – os alelos do par são idênticos e
os seus gâmetas geneticamente semelhantes;
. Indivíduo heterozigótico – os alelos são diferentes e os
seus gâmetas portadores de um alelo ou de outro.
Xadrez Mendeliano
Os cruzamentos costumam ser representados através de um
quadro ou matriz de cruzamento com duas entradas. Numa entrada do quadro
inscreve-se a constituição genética dos tipos de gâmetas possíveis para um dos
progenitores; numa outra entrada, o mesmo tipo de informação para o outro
progenitor.
Imagem-Xadrez mendeliano
(visualizado a 22/11/2016)
Cruzamento-teste
Uma das maneiras de averiguar o genótipo de indivíduos que
fenotipicamente revelam a característica do alelo dominante é cruzar esses
mesmos indivíduos com indivíduos homozigóticos recessivos e analisar a
respectiva descendência. A estes cruzamentos dá-se o nome de cruzamentos –
teste ou retrocruzamentos. Estes funcionam para descendências numericamente
significativas.
-teste
Diibridismo
Mendel também analisou a transmissão simultânea de duas
características – experiências de diibridismo. Ao efectuar cruzamentos de
plantas homozigóticas para os dois caracteres em estudo (ex.: forma e cor da
semente) verificou que:
. Existe uma uniformidade dos híbridos da primeira geração
(F1) em relação aos caracteres em estudo, manifestando-se os caracteres
dominantes. Os recessivos não se manifestam. Todas as sementes são amarelas e
lisas;
. A geração F2 revelou-se heterogénea surgindo, além dos
parentais (amarelo/liso - AALL e verde/rugoso - aall), outros dois novos
fenótipos (verde/liso e amarelo/rugoso).
Imagem-Diibridismo
(visualizado a 22/11/2016)
Leis de Mendel
Imagem-Leis de Mendel
(visualizado a 22/11/2016)
Hereditariedade ligada aos cromossomas sexuais
Thomas H. Morgan foi um embriologista da Universidade da
Colúmbia nos EUA. Desenvolveu, a partir de 1910, estudos genéticos com a mosca
– da – fruta (Drosophila melanogaster). Em 1933 recebeu o Prémio Nobel.
A forma de Drosophila predominante na Natureza tem o corpo
cinzento, olhos vermelhos e asas longas e denomina-se forma selvagem. Outras
formas alternativas (mutantes) podem revelar o corpo negro, olhos brancos ou
asas vestigiais, entre outras características.
A forma de Drosophila predominante na Natureza tem o corpo
cinzento, olhos vermelhos e asas longas e denomina-se forma selvagem. Outras
formas alternativas (mutantes) podem revelar o corpo negro, olhos brancos ou
asas vestigiais, entre outras características.
Morgan encontrou um macho mutante de olhos brancos e
cruzou-o com uma fêmea de olhos vermelhos. Obteve uma geração F1 com 100% de
indivíduos (machos e fêmeas) de olhos vermelhos. Concluiu que o alelo para
olhos vermelhos era dominante sobre o alelo mutante para olhos brancos.
No cruzamento recíproco, entre uma fêmea de olhos brancos e
um macho de olhos vermelhos, Morgan obteve resultados diferentes. Obteve uma
geração F1 com 50% de indivíduos de olhos vermelhos (todos fêmeas) e 50% de
olhos brancos (todos machos). Morgan conclui que o gene responsável pela cor
dos olhos estaria localizado num cromossoma para o qual não existisse um
verdadeiro homólogo. Tal verifica-se no par de cromossomas sexuais.
Imagem-Moscas da fruta
(visualizado a 22/11/2016)
As fêmeas possuem dois cromossomas X (verdadeiros homólogos),
os machos possuem um cromossoma X e um cromossoma Y, sem genes correspondentes
(não são verdadeiros homólogos). As fêmeas designam-se homogaméticas e os
machos heterogaméticos.
Morgan concluiu que o gene responsável pela cor dos olhos
estaria no cromossoma X. os machos manifestam o único alelo, localizado no
cromossoma X (denominando-se hemizigóticos).
As características hereditárias que dependem de genes
localizados no cromossoma X dizem-se características ligadas ao sexo.
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