Investigações 2

Interferência do Homem nos Ecossistemas

Habitando sobre a Terra há poucos milhares de anos, um instante apenas da história do planeta, o homem é, todavia, o animal que mais profundamente vem transformando o ambiente que o rodeia.
Tudo terá começado há cerca de 9000 anos, quando ergueu as primeiras construções. Daí até ao momento presente, mudou o mundo. Começou a praticar a agricultura, seleccionando espécies e combatendo outras; desenvolveu métodos para modificar as plantas segundo as suas conveniências; domesticou animais e transformou-os, por necessidade ou prazer. Introduziu novos animais e plantas em sítios em que não existiam, provocando profundas transformações nos ecossistemas. Provocou o desaparecimento de espécies em vastas regiões e favoreceu o surgimento de outras.

                                Imagem:Camada de ozono (visualizado em 13/05/2017)
                                Fonte:http://biopibidufsj.blogspot.pt

Criou habitats artificiais (como as monoculturas e as cidades) onde se instalaram e a que se adaptaram uma enorme diversidade de animais. Espalhou insecticidas por toda a Terra, com isso alterando os ecossistemas. Produziu inúmeros detritos, desde os lixos urbanos, aos gases fabris que foi despejando na Natureza, julgando que o mundo é tão grande que, de alguma maneira, todos os venenos gerados pela sua actividade desaparecerão. Capturou espécies animais precisas em tal quantidade que desequilibrou as populações, quebrando ciclos naturais. Está a destruir as florestas tropicais.

“Mas se o poder do homem para mudar a face da Terra é hoje imenso, amanhã será, por certo, ainda maior.”

Quando o meio ambiente não é capaz de fornecer as condições exigidas para a vida - nutrição, reprodução e protecção - ele se torna impróprio à sobrevivência do ser vivo. O sapo-boi, por exemplo, destrói certos besouros que prejudicam o cultivo da cana-de-açúcar.

Entretanto, ele também se alimenta de insectos destruidores de moscas transmissoras de doenças. Como o sapo-boi prolífera com facilidade (vive 40 anos e põe 40 mil ovos por ano), é perigoso colocá-lo em regiões onde não existam outras espécies que possam devorá-lo, pois desta forma o equilíbrio ecológico não será mantido. É, por um outro lado, o sapo-boi que é tão bom para a agricultura, é também o responsável indirecto pela proliferação de doenças.

O próprio homem se encarrega de quebrar o ciclo natural da sobrevivência. E em nome do conforto, do bem estar - e mais, do poder - o homem está transformado o seu meio ambiente, trazendo a poluição e provocando tragédias ecológicas.

Isso porque não está sabendo explorar adequadamente os recursos renováveis e não-renováveis da natureza. Até meados do século 19, a actividade do homem não concorria de forma tão acentuada para provocar mudanças drásticas que pudessem alterar a biosfera. A partir de revolução industrial, entretanto, e das grandes guerras mundiais, é que essas transformações começaram a ser sentidas com intensidade. É nessa época que a Inglaterra começa a conhecer os problemas de poluição do ar e da água.

A medida que o homem foi adaptando o meio ambiente às suas exigências progressistas, criando vacinas, meios de transportes, novas habitações, aparelhos sofisticados, novas formas de energia, explorando desordenadamente os recursos naturais, foi causando impactos e poluindo o ambiente.

Link:http://www.notapositiva.com (visualizado em 13/05/2017)

A grande diversidade de ecossistemas

Ecossistemas naturais - bosques, florestas, desertos, prados, rios, oceanos, etc.
Ecossistemas artificiais - construídos pelo Homem: açudes, aquários, plantações, etc.
Atendendo ao meio físico, há a considerar:

-Ecossistemas terrestres
-Ecossistemas aquáticos

Quando, de qualquer ponto, observamos uma paisagem, percebemos a existência de descontinuidades - margens do rio, limites do bosque, bordos dos campos, etc. que utilizamos frequentemente para delimitar vários ecossistemas mais ou menos definidos pelos aspectos particulares da flora que aí se desenvolve. No entanto, na passagem, por exemplo, de uma floresta para uma pradaria, as árvores não desaparecem bruscamente; há quase sempre uma zona de transição, onde as árvores vão sendo cada vez menos abundantes. Sendo assim, é possível, por falta de limites bem definidos e fronteiras intransponíveis, considerar todos os ecossistemas do nosso planeta fazendo parte de um enorme ecossistema chamado ecosfera. Deste gigantesco ecossistema fazem parte todos os seres vivos que, no seu conjunto, constituem a biosfera e a zona superficial da Terra que eles habitam e que representa o seu biótopo. 


Mas assim como é possível associar todos os ecossistemas num só de enormes dimensões - a ecosfera - também é possível delimitar, nas várias zonas climáticas, ecossistemas característicos conhecidos por biomas, caracterizados por meio do fator Latitude. Por sua vez, em cada bioma, é possível delimitar outros ecossistemas menores.
Bioma é conceituado no mapa como um conjunto de vida (vegetal e animal) constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, o que resulta em uma diversidade biológica própria.


Os principais biomas do ambiente terrestre 


Tundra



Localiza-se no Círculo Polar Ártico. Compreende Norte do Alasca e do Canadá, Groelândia, Noruega, Suécia, Finlândia, Sibéria.

Recebe pouca energia solar e pouca precipitação, esta ocorre geralmente sob forma de neve e o solo permanece a maior parte do ano gelado. Durante a curta estação quente (2 meses) ocorre o degelo da parte superior, rica em matéria orgânica, permitindo o crescimento dos vegetais. O subsolo fica permanentemente congelado (permafrost).

A Tundra caracteriza-se por apresentar poucas espécies capazes de suportar as condições desfavoráveis. Os produtores são responsáveis por capim rasteiro e com extensas áreas cobertas por camadas baixas de liquens e musgos. Existem raras plantas lenhosas como os salgueiros, mas são excessivamente baixas (rasteiras).


As plantas completam o ciclo de vida num espaço de tempo muito curto: germinam as sementes, crescem, produzem grandes flores (comparadas com o tamanho das plantas), são fecundadas e frutificam, dispersando rapidamente as suas sementes.

No verão a Tundra fica mais cheia de animais: aves marinhas, roedores, lobos, raposas, doninhas, renas, caribus, além de enxames de moscas e mosquitos.

                                Imagem:Biomas terrestres (visualizado em 13/05/2017)
                                Fonte:https://www.todoestudo.com.br


Floresta Caducifólia


Predomina no hemisfério norte, leste dos Estados Unidos, oeste da Europa, leste da àsia, Coréia, Japão e partes da China.
A quantidade de energia radiante é maior e a pluviosidade atinge de 750 a 1.000 mm, distribuída durante todo o ano. Nítidas estações do ano. Neste Bioma, a maioria dos arbustos e árvores perde as suas folhas no outono e os animais migram, hibernam ou apresentam adaptações especiais para suportar o frio intenso.
As plantas são representadas por árvores ditotiledôneas como nogueiras, carvalhos, faias. Os animais são representados por esquilos, veados, muitos insetos, aves insetívoras, ursos, lobos etc.


Floresta Tropical


A floresta tropical situa-se na região intertropical. A maior área é a Amazônia, a segunda nas Índias Orientais e a menor na Bacia do Congo (África).
O suprimento de energia é abundante e as chuvas são regulares e abundantes, podendo ultrapassar 3.000 mm anuais. A principal característica da floresta tropical é a sua estratificação. A parte superior é formada por árvores que atingem 40 m de altura, formando um dossel espesso de ramos e folhas. No topo a temperatura é alta e seca.
Debaixo desta cobertura ocorre outra camada de árvores, que chegam a 20 m de altura, outras a 10 m e 5 m de altura.
Este estrato médio é quente, mais escuro e mais úmido, apresentando pequena vegetação. O estrato médio caracteriza-se pela presença de cipós e epífitas. A diversificação de espécies vegetais e animais é muito grande.

Campos


É um Bioma que se caracteriza por apresentar um único estrato de vegetação. O número de espécies é muito grande, mas representado por pequeno número de indivíduos de cada espécie.
A localização dos campos é muito variada: centro-oeste dos Estados Unidos, centro-leste da Eurásia, parte da América do Sul (Brasil, Argentina) e Austrália.


Durante o dia a temperatura é alta, porém a noite a temperatura é muito baixa. Muita luz e vento, pouca umidade. Predominam as gramíneas. Os animais, dependendo da região, podem ser: antílopes americanos e bisões, roedores, muitos insetos, gaviões, corujas etc.

Deserto


Os desertos apresentam localização muito variada e se caracterizam por apresentar vegetação muito esparsa.
O solo é muito árido e a pluviosidade baixa e irregular, abaixo de 250 mm de água anuais. Durante o dia a temperatura é alta, mas à noite ocorre perda rápida de calor, que se irradia para a atmosfera e a temperatura torna-se excessivamente baixa. As plantas que se adaptam ao deserto geralmente apresentam um ciclo de vida curto. Durante o período favorável (chuvoso) germinam as sementes, crescem, florescem, frutificam, dispersam as sementes e morrem.


As plantas perenes como os cactos apresentam sistemas radiculares superficiais que cobrem grandes áreas. Estas raízes estão adaptadas para absorver as águas das chuvas passageiras.
O armazenamento de água é muito grande (parênquimas aqüíferos). As folhas são transformadas em espinhos e o caule passa a realizar fotossíntese.
Os consumidores são predominantemente roedores, obtendo água do próprio alimento que ingerem ou do orvalho. No hemisfério norte é muito comum encontrar-se, nos desertos, arbustos distribuídos uniformemente, como se tivessem sido plantados em espaços regulares. Este fato explica-se como um caso de amensalismo, isto é, os vegetais produzem substâncias que eliminam outros indivíduos que crescem ao seu redor.


Savanas


Savana é nome dado a um tipo de cobertura vegetal constituída, em geral, por gramíneas e árvores esparsas. A topografia geralmente é plana com clima tropical, apresentando duas estações bem definidas, sendo uma chuvosa e uma seca. As Savanas ocorrem, principalmente, na zona intertropical do planeta, por esse motivo recebe uma enorme quantidade de luz solar.

A espécie de savana mais conhecida é a africana, no entanto, há outras: savanas tropicais (africana), savanas subtropicais, savanas temperadas, savanas mediterrâneas, savanas pantanosas e savanas montanhosas.

As savanas do tipo tropical e subtropical são encontras em todos os continentes, apresentando duas estações bem definidas (uma quente e outra chuvosa). Os solos dessas áreas são relativamente férteis, neles se fixam gramíneas, geralmente desprovidas de árvores. A África possui savanas com esses aspectos, com destaque para as do Serengueti.
Savanas temperadas são identificadas em médias latitudes e em todos os continentes, são influenciadas pelo clima temperado, cujo verão é relativamente úmido e o inverno seco. A vegetação é constituída por gramíneas.

Savanas mediterrâneas são vegetações que ocorrem em regiões de clima mediterrâneo. Nessas áreas o solo é pobre, germinando sobre a superfície arbustos e árvores de pequeno porte, essa composição corre sério risco de extinguir diante da constante intervenção humana, principalmente pela extração de lenha, criação de animais, agricultura, urbanização e etc.

Savanas pantanosas são composições vegetativas que ocorrem tanto em regiões de clima tropical como subtropical dos cinco continentes. Esse tipo de savana sofre inundações periódicas.


Savanas montanhosas é um tipo de vegetação que ocorre fundamentalmente em zonas alpinas e subalpinas em distintos lugares do globo, em razão do isolamento geográfico, abriga espécies endêmicas.




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